Noivas grávidas: 8 cuidados essenciais no casamento
De cuidados com a saúde à escolha do vestido, veja como as noivas grávidas podem se preparar
As noivas grávidas vivem um momento como nenhum outro na vida: além de estarem se preparando para o Grande Dia do casamento, elas também estão esperando um filho, acontecimento que irá mudar tudo em suas vidas.
Como se preparar para este momento tão especial? Veja as dicas de especialistas para cuidar da saúde e escolher o look do Grande Dia.
1 – Melhor época para realizar o casamento durante a gravidez
Vai casar grávida e não sabe para quando marcar a festa? De acordo com os médicos Alexandre Zabeu Rossi, doutor em Ginecologia pela UNIFESP-EPM e diretor da Clínica Rossi, e Mariana Rosario, ginecologista, o segundo trimestre (que compreende da 14ª a 28ª semana) é a melhor época para o casamento.
“Trata-se do período mais estável da gravidez, no qual o organismo está mais adaptado à gestação. Já não ocorrem os enjoos do início, bem como o cansaço e sonolência já diminuíram na maioria das pacientes. O primeiro trimestre é marcado pela maior carga hormonal e, apesar de ainda não haver sintomas aparentes, como o ganho de peso e crescimento da barriga, a mulher tem mudanças no organismo que a deixam muito mais sensível. O medo de perder o bebê é grande – tanto é que alguns casos exigem mais repouso e cuidados especiais. Assim, o esforço físico desnecessário e o estresse, inerente à organização do casamento e à cerimônia e festa, em si, se puderem ser evitados, melhor. Já no segundo trimestre, o risco é menor e a barriga ainda não cresceu, não há inchaço e mudanças significativas na aparência. O último trimestre seria o menos indicado, porque a mulher já tem a barriga maior e ela cresce dia a dia, porque é o trimestre em que o bebê ganha mais peso. Assim, já começa a ficar difícil ajustar o vestido do casamento ou outra roupa pela qual se opte, por exemplo. O inchaço dos pés pode ser um problema neste período e o cansaço se complica. É desnecessário submeter a gestante por uma festa da qual ela é protagonista num período em que ela precisa repousar. Tudo isso, claro, em condições normais de gestação, ou seja, naqueles quadros em que não há complicações ou riscos”, explica Mariana.
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Caso os noivos optem por uma lua de mel, o segundo trimestre também é o mais indicado. “Pensando em viagem de lua de mel, convém lembrar que as companhias aéreas podem criar dificuldades no embarque de gestantes após a 30ª semana”, lembra Rossi.
2 – Cuidados com produtos de beleza
É claro que você quer estar linda no dia do seu casamento. Mas vale tomar alguns cuidados com relação aos produtos e tratamentos de beleza.
“A maioria dos produtos de beleza e maquiagem não apresenta contraindicações na gravidez. Porém, devem ser evitados os que contenham ácido retinóico (conhecido como retinol ou vitamina A) e ácido salicílico. Dar preferência para maquiagens hipoalergênicas e que não possuam ação comedogênica (de combate à acne). Evitar também produtos que contenham metais pesados e chumbo na composição como, por exemplo, em alguns batons. De qualquer forma, aconselha-se sempre a orientação médica quanto ao uso desses produtos”, aconselha Rossi.
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Mariana ainda completa que os cremes com efeito Cinderela e os boosters que contêm qualquer ácido (mesmo o acetilsalicílico) não são recomendados, assim como os produtos de tratamento em cabine. “Maquiagem com tratamento também é desaconselhável: as noivas grávidas devem utilizar produtos neutros, sem ácido. No corpo, não utilizar produtos que contenham ureia”, alerta.
3 – Cuidados com a alimentação
Durante a gravidez, há diversos cuidados essenciais com a alimentação. De acordo com Mariana, para qualquer grávida, as proteínas cruas são proibidas no casamento.
“Assim, peixes e carnes cruas não devem ser consumidos: itens como sashimi, carpaccio e tartare podem conter toxinas prejudiciais à saúde. No caso do peixe cru, o problema não é o alimento em si, mas o tempo de exposição do produto que, num casamento, pode ser grande. Isto é, se a mulher grávida comer peixe cru fresco, de excelente procedência, em um restaurante, não terá problema. Porém, peixe cru que ficou exposto pode causar danos à gestação. Já a carne (boi e suína) é totalmente desaconselhável, por estar ligada à toxoplasmose”, destaca.
Se a noiva sofrer de refluxo gástrico, Mariana indica que ela não consuma sucos cítricos (limão, abacaxi, laranja) e que faça pequenas refeições, sem gordura ou fritura. Já para quem sofre com enjoos, o limão pode ser um aliado. “Para evitar os enjoos, a pessoa pode fazer pequenas refeições, com pouco espaço de tempo, com alimentos secos (biscoitos de água e sal, por exemplo), para aliviar os sintomas”, expõe.
Rossi lembra ainda que as grávidas devem dar preferência a alimentos de fácil digestão, com poucos condimentos e evitar os gordurosos e as frituras. O álcool também está terminantemente proibido.
4 – Duração do casamento
O pique das mulheres costuma sofrer grandes alterações durante a gravidez. Para poupar a noiva, de acordo com Mariana e Rossi, o ideal é que ele tenha curta duração e, se possível, que seja realizado durante o dia. “Os inchaços são muito mais comuns ao final do dia”, justifica Rossi.
Uma sugestão de Mariana é ter um serviço (para noiva e convidados) de massagem, drenagem e espaço de descanso na festa. “A noiva pode, por exemplo, ter um espaço privado para seu descanso, no buffet ou onde realizar sua festa, e fazer pausas. Pode receber massagens nos pés e até pausar para uma rápida drenagem, de 30 minutinhos, para voltar a curtir seu momento. Vale, mais uma vez, a dica: seu obstetra é o melhor conselheiro, em todos os momentos, porque ele conhece bem sua saúde. Peça orientação a ele”, indica.
5 – Cuidados com inchaços
Uma das principais reclamações das grávidas é com relação aos inchaços. Para amenizá-lo, Mariana sugere fazer drenagem antes, durante e depois do casamento, sob orientação médica.
“Também é indicado ingerir bastante líquido, sucos verdes e frutas como a melancia. Nunca usar diuréticos medicamentosos. Se o vestido for longo e cobrir as pernas, a gestante pode optar em usar meia elástica, que ajuda muito no inchaço”, recomenda.
Rossi aconselha que as noivas grávidas usem meia-calça de média compressão, de preferência até a cintura.
6 – A escolha da aliança
Já que os inchaços aparecem com frequência, o cuidado se estende à escolha da aliança. “Ela deve ter, pelo menos, de 1 a 2 números acima do costumeiro, também por conta de possíveis inchaços”, adverte Rossi.
7 – A escolha do sapato
Mariana e Rossi recomendam que, durante a gravidez, seja utilizado um sapato de noiva com salto médio ou baixo, por conta dos inchaços e de possíveis lesões. “Por excesso de estrogênio, os ligamentos ficam mais sensíveis e podem ser lesionados na gravidez. Uma torção no pé pelo uso de um salto mais alto pode ser uma catástrofe no casamento!”, alerta Mariana.
“Os pés incham bastante no finalzinho da gravidez. Se for no início da gestação, acredito que a noiva não tenha tantos problemas para achar um sapato. Mas se for mais do meio para o fim, realmente ela vai ter mais dificuldade. A palavra de ordem é conforto, com certeza. O ideal é optar por um salto mais grosso, com plataforma e o mínimo de curvatura possível para o pé ficar um pouquinho mais ‘flat’ pode fazer com que ela se sinta melhor”, menciona a estilista Carol Hungria.
8 – O vestido das noivas grávidas
Este é um dos itens mais importantes do casamento e, para as noivas grávidas, a sua escolha requer alguns cuidados extras. Segundo Carol, a definição da modelagem vai depender da fase da gravidez e do quanto ela quer mostrar a barriga. “Se ela quiser evidenciar bastante a barriga, o indicado é fazer uma marcação abaixo do busto. Se ela estiver no início da gravidez e não quiser mostrar tanto, ela pode escolher um modelo mais sequinho. Dependendo do estágio da gravidez que ela estiver, ela pode abusar desta modelagem para evidenciar ou para disfarçar”, comenta.
Com relação ao tecido, o raciocínio é o mesmo. “Para as noivas que querem evidenciar a barriga, a gente trabalha com tecidos mais fluídos, como mousseline, crepe de seda, usa rendas delicadas para dar um efeito mais esvoaçante, mais leve. Também trabalhamos com modelagens mais amplas, mais evasés e fluídas. E para as noivas que querem dar uma disfarçadinha ou preferem modelos que marquem mais a silhueta, um tecido mais estruturado como a zibeline de seda ou até um crepe de seda com elastano, para marcar bem o corpo e valorizar a barriga, com uma modelagem mais ajustada, do tipo semi-sereia”, destaca Carol.
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Durante a escolha e as provas, é preciso estar atenta ao tamanho do vestido. “O indicado é optar por um modelo que seja um pouquinho maior do que ela. Se ela for mandar fazer a peça, ela deve avisar sobre a gravidez para a estilista, para que a profissional possa organizar essa modelagem e o vestido fique perfeito quando chegar a hora, já que o corpo das noivas grávidas mudam bastante”, explica Carol.
Com estas diferenças de tamanho, será que é essencial usar sutiã? Para Carol Hungria, isto não é necessário, desde que haja uma estrutura interna adequada no vestido que acomode bem os seios:
“Todo o vestido de noiva que produzimos tem uma estrutura interna. Mesmo que tenha alguma transparência, sempre fazemos com uma certa estrutura interna. E para as noivas grávidas, geralmente optamos por uma estrutura bem mais firme, para que ela se sinta bem acomodada com o busto. A não ser que ela queira um vestido sem estrutura nenhuma, então é importante pensar em um modelo que realmente encaixe o sutiã, porque acho que noivas grávidas com um busto maior não se sentiriam bem sem essa estrutura”.
Como ficam as provas?
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por constantes mudanças. Com isso, qual é a época certa para procurar o vestido de noiva? De acordo com Carol Hungria, não tem muito prazo para começar. “O ideal é a gente ter antecedência para encomendar os vestidos com calma, as rendas…caso a noiva opte por uma renda exclusiva, que precisamos mandar fazer, não há problema em fazer próximo ao casamento. Como temos nossa produção própria, conseguimos fazer ele o mais pertinho possível da data”, justifica.
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Com relação às provas, Carol prefere que elas sejam feitas mais próximas à data do casamento.
“O corpo muda bastante – a barriga cresce, o quadril alarga um pouquinho, o busto aumenta bastante e às vezes as noivas grávidas também ganha um pouquinho de peso. Então a gente sempre deixa as provas um pouquinho mais perto. Eu gosto de fazer algumas logo no início, para que ela veja que o vestido vai ficar do jeitinho que ela imaginou. Mas as provas de ajustes finais eu gosto mesmo de começar a fazer um mês antes do casamento ou, dependendo do estágio da gravidez que a noiva está, até mais perto”, conclui.
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