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Como escolher o colchão ideal para a minha nova casa?

Vai se mudar? Veja dicas de especialistas para escolher o colchão mais adequado

Vai casar e não vê a hora de escolher a decoração da casa nova? Eletrodomésticos e mobiliário novinhos, itens decorativos…sabemos que tudo isso gera muita empolgação, não é mesmo? Mas vale ficar atento a um detalhe super importante: a escolha do colchão ideal!

“Se considerarmos que passamos praticamente um terço de nossas vidas na cama, é importantíssimo escolher o colchão correto para não sobrecarregarmos nosso corpo na hora do sono”, comenta o médico ortopedista Thiago Righetto.

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Foto: Shutterstock

 

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O médico ortopedista Fabio Leme, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e membro da Sociedade Brasileira de Coluna, lembra que dormir bem é revigorante, aumenta a disposição, favorece a memória, a concentração, a atenção e o raciocínio.

“Uma noite bem dormida é tão importante que se pode dizer que uma boa qualidade de vida certamente começa na cama. É muito importante saber que o inverso também se aplica. Ou seja, uma noite mal dormida pode resultar em insônia, dores pelo corpo, dor lombar e uma série de outros problemas que certamente afetarão a sua qualidade de vida”, afirma.

Se você quer passar a sua nova vida de casada em paz com seu colchão, confira as dicas para escolher o modelo certo.

Tipos de colchões

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Antes de qualquer coisa, o primeiro passo é conhecer os tipos de colchões. Righetto e Leme cita três tipos de materiais: espuma, mola ou látex, sendo que alguns mais atuais misturam dois ou mais desses materiais.

Leme explica sobre cada um deles:

Espuma: sãos mais comuns e são divididos em espuma de poliuretano e viscoelástica. A primeira possui bom isolamento térmico e densidades padronizadas. Já a segunda, mais macia, molda-se com facilidade aos contornos do corpo, acomodando os pontos de tensão, o que proporciona elevado conforto e garante melhor circulação sanguínea.

Látex: a elasticidade do material confere total suporte aos contornos do corpo, resultando em uma posição correta da coluna vertebral em qualquer posição adotada durante o sono. Além disso, por ter uma estrutura de células abertas, contendo milhões de bolhas de ar microscópicas ligadas umas às outras, proporciona ventilação constante ao colchão.

Molas: são divididas em contínuas e individuais/independentes. Os colchões com molas contínuas possuem um fio de arame que percorre, de forma arredondada, toda sua estrutura. Quanto maior o número de molas, mais confortável é o colchão. O colchão com mola individual, por não possuir atrito entre as molas, oferece ausência completa de ruído. Além disso, age em conjunto com a espuma e garante maior firmeza ao colchão.

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Para Righetto, os mais indicados atualmente são os de molas ensacadas, ou independentes, pois não há transmissão de movimento entre as molas. “O que se torna importante principalmente nos colchões para casal, para um não atrapalhar o sono do outro. Os de látex são mais caros e utilizados nos colchões ortopédicos mais atuais. Possuem boa ventilação e adaptação as curvas do corpo, porém são um pouco mais quentes no verão”, destaca.

O colchão tem que ser duro: mito ou verdade?

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Por muito tempo acreditou-se que o ideal é ter um colchão duro. Mas, de acordo com Righetto e Leme, a escolha da densidade varia de pessoa para pessoa. “Antigamente essa era a recomendação, porém estudos mais recentes mostraram que as pessoas que dormiram em colchões muito duros tiveram uma qualidade de sono pior do que as que dormiram naqueles de média e alta densidade”, explica Righetto.

Não existe uma regra mágica. De acordo com Righetto, tudo depende principalmente do peso da pessoa e da posição que ela escolhe ao dormir. “Os colchões mais duros são melhores para pessoas mais pesadas, ou para aquelas que gostam de dormir de bruços; já os mais macios são indicados para pessoas mais leves e para aquelas que dormem em decúbito dorsal (com as costas no colchão e barriga para cima)”, pontua.

Leme aponta ainda que um bom colchão deve manter a coluna alinhada e exercer uma função ortopédica, o que significa ceder na medida exata da curvatura do corpo. Para isso, não pode ser nem muito duro, nem muito mole, e dar total apoio à coluna, sem forçá-la.

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“Na prática, uma superfície muito dura não traz conforto e deixa a coluna torta ao flexionar para cima as articulações mais pesadas, como quadris, ombros e coxas. Se for muito mole, elas afundam, deixando também a coluna torta. O colchão deve ser mais para o rígido do que para o mole e os músculos devem estar relaxados”, justifica Leme.

O mesmo vale para pessoas que sofrem com dores lombares. “Eles eram orientados a usar colchões extremamente duros. Porém, estudos recentes demonstraram que o colchão intermediário é o mais benéfico nesse caso. Por isso, os colchões ortopédicos mais atuais possuem uma densidade intermediária. O colchão correto deve dar suporte para a coluna e manter uma certa estabilidade, não deformando e alterando a curvatura da coluna dorsal ou lombar”, explica Righetto.

Como testar um colchão?

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Foto: Shutterstock

 

Você costuma passar pelas lojas de colchões e sentir vontade de dar uma deitadinha? Pois agora é a hora de fazer isso.

A dica de Leme para fazer a escolha certa é deitar-se para valer no colchão. “O maior erro é colocar a mão ou se sentar num colchão para testá-lo. É preciso deitar-se e permanecer por cerca de cinco minutos, no mínimo, na mesma posição que está acostumado a dormir. Antes de deitar-se, escolha um travesseiro, sem ele não há conforto. Perceba se o corpo está todo acomodado, principalmente no quadril e ombros. Se o colchão for de casal, os dois devem provar o colchão juntos”, alerta.

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Righetto recomenda ainda observar a resiliência, ou seja, a capacidade do colchão de voltar ao normal quando pressionado por uma pessoa sentada ou deitada sobre ele. “Se houver conforto, as chances de acordar ao virar na cama diminuem”, sugere.

Manutenção do colchão

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Foto: Shutterstock

 

Se você já escolheu o colchão, é importante ter alguns cuidados para que ele dure mais tempo. Leme indica que o colchão seja trocado a cada sete anos. E, a cada seis meses, o ideal é fazer um rodízio do colchão em 180 graus, para que não haja sobrecarga.

Outra dica de Leme é ficar atento ao encaixe correto do produto na cama, evitando o comprometimento do material.

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Sobre:

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Marina Pastore

Marina Pastore é jornalista e trabalhou na Folha de S.Paulo. Desde 2011, quando começou a organizar seu próprio casamento, se apaixonou pelo assunto e criou um blog, o Vestida de Branco, para dividir ideias, opiniões e dúvidas. Anos depois do seu casamento, ainda adora falar sobre o assunto, ajudar as noivas e com...

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